7.2.08

A marcha para a vitória

Atenção
A história que se segue é ficção. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.

Lisboa, 2013.

Esta história começa com o despertar de um jovem. Este rapaz chama-se Pedro Santos.
Depois de reclamar com o despertador Pedro levanta-se e dirige-se para a cozinha onde irá tomar o pequeno-almoço. Provavelmente uma sandes ou umas torradas.
Pedro não gosta muito de coisas novas. Está habituado a uma rotina e permanecerá nela a não ser que alguma coisa muito importante o mude.
Enquanto segura numa torrada espreita pela janela. Lá em baixo vê-se as crianças a irem para a escola.
-Tão giras que elas são nessa idade não achas? - diz alguém que chega a cozinha agora.
-Tens razão Margarida. Estamos a ficar velhos já viste. - Diz Pedro. Ambos se riem.
Cumprimentam-se e sentam-se a mesa para tomarem o pequeno almoço juntos e vêm televisão. A televisão é uma coisa que está constantemente ligada nesta casa, mas na maior parte das vezes que se liga só dá anúncios.
Quando se preparavam para sair da mesa, começa a dar um noticiário com uma notícia de ultima hora. Ao princípio não prestam atenção, mas depois algo terrível os prega a televisão.
(continua)
J.L

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3.2.08

Seremos realmente livres?

Não estarão as nossas acções condicionadas por um elevado número de factores, muitos que nem controlar podemos? Os sentimentos, os valores éticos e morais, a classe social, entre outros factores, não serão condicionamentos à nossa liberdade? Não será a liberdade um sonho utópico do homem? Ou seremos realmente livres de decidirmos as acções que tomamos ? Poderá então existir um meio termo ?

Existem várias teorias sobre este assunto . Exploraremos três delas, o determinismo , o libertismo e o compatibilismo

Determinismo


De acordo com a tese do determinismo, tudo o que fazemos está determinado com uma acção prévia e com as leis da natureza, logo não temos nem usufruímos do livre-arbítrio. Mas se pensarmos assim não chegaremos à conclusão que a vida não faz sentido? Nascemos só por nascer, e andamos por cá para fazer tempo? O dilema do determinismo pode ser facilmente colocado em questão...por exemplo:
- Ou as nossas acções são determinadas ou acontecem por acaso.
- Se as nossas acções são determinadas então não somos responsáveis por elas.
- Mas se essas acções ocorrem por acaso então também não seremos responsáveis por elas.
- Logo, não somos responsáveis pelas nossas acções.

Se as três primeiras premissas forem verdadeiras não haverá maneira de refutar a última e torna isto um argumento dedutivamente válido tornando esta tese verdadeira

Libertismo

A tese do libertismo afirma que todos somos livres, nada está determinado e o que fazemos está totalmente e unicamente apoiado nas nossas decisões. Do ponto de vista desta tese todos temos o livre-arbítrio e não apenas a sua ilusão.
Simon Blackburn define o libertismo como sendo :


Uma perspectiva que procura proteger a realidade do livre arbítrio humano através da assunção de que uma escolha livre não é causalmente determinada, mas também não é aleatória; é antes necessário conceber uma intervenção racional e responsável no curso das coisas.

Os defensores do libertismo alegam que há indeterminação quanto ao desenrolar dos acontecimentos, que liberdade é real e que o determinismo é muito provavelmente falso.

Compatibilismo

Numa tese talvez mais consistente podemos argumentar contra este tema usando a tese do compatibilismo. O compatibilismo é o meio-termo entre o determinismo e o libertismo.
Esta tese rejeita o facto que se o determinismo é verdadeiro não há acções livres, por outras palavras o compatibilista acredita que o determinismo e o livre-arbítrio podem co-existir.
Filósofos influentes da idade moderna, como Thomas Hobbes, John Locke, David Hume e John Stuart Mill, foram compatibilistas. Encaravam o compatibilismo como a via de reconciliação entre a experiência vulgar da liberdade e a visão científica do universo e dos seres humanos.
O primeiro passo do argumento compatibilista é levar-nos a reflectir sobre o que queremos dizer habitualmente quando afirmamos que as acções ou escolhas são "livres". A liberdade é um poder ou uma capacidade de fazer alguma coisa, um poder que posso escolher ou não exercer. Mas para esta liberdade existir não poderiam existir constrangimentos ou obstáculos que impeçam os seres humanos a tomar as suas decisões.
Organizando agora as ideias, podemos dizer que os compatibilistas defendem que para ser livre, como vulgarmente entendemos, é necessário :

    1) possuir o poder ou a capacidade de fazer o que se quer ou deseja fazer,

o que por sua vez implica

    2) a ausência de constrangimentos ou obstáculos (tais como constrangimentos físicos , coacção, compulsão) que nos impeçam de fazer o que queremos.



Estes três pontos de vista podem criar, ou melhor, continuar a polémica que desde os tempos de Sócrates tem existido.

Trabalho realizado por Alexandre Castilho
- http://srec.azores.gov.pt/dre/sd/1151520...patibilismo.pdf
- http://cinefilosofia.com.sapo.pt/artigos/conteudo/donnie.htm
- http://www.esec-alberto-sampaio.rcts.pt/.../libertismo.htm