12.10.06

Um passeio ao Domingo


Éramos cerca de vinte e cinco professores que num domingo de Outono andaram pelas ruas de Lisboa.
O cicerone, colega da Escola, é um amante de Lisboa e como todos os amantes coloca nas palavras a emoção e o entusiasmo dos apaixonados.
Lisboa no século XVIII começa então a desenrolar-se no nosso imaginário: Av. da Liberdade e o passeio público; o Rossio com a sua arquitectura pombalina e mesmo ali ao lado o Hospital Real de Todos os Santos; a Rua Augusta (antiga Rua do Ouro) e as actividades e ambientes característicos desta rua e das outras que a circundam; Praça do Comércio e a estátua de D.José da autoria de Machado de Castro feita a partir dum retrato do rei; o Teatro de São Carlos e a sua abertura ao povo de Lisboa; a Igreja de S. Roque e o Convento da Trindade. Foi por aqui que o passeio se desenrolou.
A cidade antes e depois do terramoto, a reconstrução Pombalina, as lojas de vão de escada e as capelistas, os arquitectos e os governantes. A vida de uma cidade no século XVIII.
Depois, depois fomos almoçar ao Convento da Trindade e, como diz o poeta, “vem-nos à memória” os fins de tarde passados nesta cervejaria, repleta de jornalistas, de escritores, de artistas e de estudantes como eu, encostados ao balcão em encontros ocasionais há mais de trinta e tal anos.
Um passeio por Lisboa numa manhã de Domingo é a recomendação que aqui fica.

Madalena Garcia